terça-feira, 21 de agosto de 2018

O PASSARINHO DOS TOMATES

Ainda não sei o título que vou dar a este post, mas não andará longe do que tenho em mente, quando acabar de escrever logo se vê.
Ora então vivam lá todos os que por aqui passarem, os que já chegaram de férias, os que ainda lá estão, os que hão de vir... e os outros, que também são gente.
Por aqui tem sido uma azáfama. Pior, com este calor, um autêntico sufoco.
As colheitas estão a decorrer em pleno, e com tanta produção que a Horta da Farmácia este verão está a ter (calcularão que sim), não tem havido sossego.
Além de todo o trabalho diário, os amanhos da terra, poda, monda, rega, e apanha dos frutos e das hortaliças, depois temos a expedição. Os camiões TIR vêm sempre carregar pela hora do calor, e não há quem aguente. Nem tempo para escrever aqui qualquer coisinha. Mas lá se vai andando.
Isto pode não corresponder exatamente aos factos, mas também o que interessa é a atitude perante a vida, serenamente, com boa disposição e alguma imaginação.
A Horta da Farmácia parece também ter uma imaginação um pouco fértil, senão vejam lá - toda a gente sabe o que é um tomate - um fruto comestível de cor avermelhada de dimensão variável, de forma redonda ou oblonga sem saliências, com pele lisa, brilhante e muito macia.
Ai é? ai é? Então vejam só!
Pronto, agora já sabem do que estava a falar. Redondinhos, de pele lisa e não sei que mais, não é? Esta horta tem muita imaginação. Sim a horta, porque eu limitei-me a colocar um sobre o outro, dois tomates que eu separei da colheita deste verão.
Ao de cima, entretanto nasceram-lhe aqui no computador uns artifícios que revelaram a verdadeira identidade avícola que a natureza queria manter discretamente. Mas desta vez não se safou, foi descoberta.
Bom verão para todos!


segunda-feira, 25 de junho de 2018

AO LADO

Ao lado dos maracujás, este jarro, que estava mesmo a pedi-las, a fazer olhinhos para a câmera. Também apanhou da mesma chuva miudinha. 


Hoje deu-me para isto, mas se calhar, vendo bem, ainda gosto mais dele seco, e como dá muito trabalho a apagar (...) vão os dois


 

PRIMAS

Não, não são filhas de nenhum dos meus tios ou tias. Confesso que não sei se hoje ainda se usa, mas há alguns (vá lá, bastantes...) anos, quando se organizava um qualquer jogo, havia logo os mais rápidos ou os mais espertinhos que se adiantavam com o indicador no ar - "eu sou primas"! Ou seja, ser primas era ser o primeiro, ou mais frequentemente, ser a primeira.


 
Pois é, esta flor também é primas, ou irmã da que foi primas! E é linda, como todas as flores de maracujá. A primeira na Horta da Farmácia (mais precisamente na estufa da HdF), depois de muitas tentativas sem sucesso.


E este é o primeiro fruto, fotografado há pouco, depois de apanhar uma chuvinha miudinha que caiu do borrifador.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

UMA ALHADA


A acreditar em todas as coisas que se escrevem na NET, algumas mencionando mesmo “estudos científicos” que ninguém sabe, feitos por pessoas que ninguém conhece, saberíamos que o alho tem caraterísticas excecionais para tudo e mais alguma coisa. Ela é quase o abecedário completo das vitaminas, ele é antibiótico, ele faz bem ao sangue, à arteriosclerose, à digestão, aos calos, ele é tanta coisa boa, que se as pessoas desatassem a comer alho com fartura, ninguém parava ao pé de ninguém com o hálito dos outros, e seria mesmo muito mau para as farmácias.
Mas que o alho é bom, para a saúde e para a gastronomia, lá isso é. E vai daí, este ano eu desatei a semear alhos, coisa que nunca tinha feito. E é uma alegria – tiro a casca de uns dentes (de alho, claro) e coloco-os num qualquer recipiente com água,  e em dois dias os alhos têm raízes com quase 1 cm de comprimento. Dá gosto. E depois é um tratamento genérico – enterram-se na horta, e vão-se regando enquanto se espera que as cabeças nasçam e cresçam, ao mesmo ritmo que as raízes nascem e crescem.
Os dois exemplares que aqui apresento, fazem parte da sementeira da Horta da Farmácia deste ano. Têm dois dias de água e iam a caminho da terra. O maior, é um dente inteiro, todos conhecem. O mais magrinho é o caulezinho interior, que agora está em moda os chefs tirarem e deitarem fora (as coisas que eles inventam), e trata-se de uma experiência, “a ver se pega”. Assim não se perde nada.


Só não percebo por que razão, sendo o alho uma coisa tão boa, quando alguém se mete num sarilho, se diz que está metido numa “alhada”. Estranho, não é?

quarta-feira, 25 de abril de 2018

SINAIS EXTERIORES DE PRIMAVERA

83 dias. É verdade! Faz hoje 83 dias que não publicava nada aqui no Blog da Farmácia, e era assim, se já não se lembram os que vêm pelo fb: " eis-nos a festejar a magia da vida que renasce todos os anos com o nascer do sol que começa a despontar mais quente (como hoje, por exemplo)"
Pois é, o Inverno amuou, e o verão veio animá-lo com aquele calorzinho fora de tempo. E depois o Inverno desamuou, empurrou a primavera lá pra diante e vai de recuperar da seca que vinha já de "antes de tresdantontem", atacando com frio desnecessário, e chovendo desalmadamente até nos humedecer a própria alma.
A Horta? Estava bem e recomendava-se, mas as sementeiras, carinhosamente feitas em germinadores e guardadas na estufa da Horta, lá estavam sem dar sinais de germinação primaveril.
Foi preciso recomeçar tudo, semear ainda com mais carinho, esperar ansiosamente de novo, e agora sim, parece que já há sinais exteriores de primavera. São poucos ainda, mas ora vejam


Cebolinho, aromática para enriquecer o paladar e apresentação de alguns pratos

Flor de ervilha de quebrar

e Nastúrio, flor decorativa, mas também comestível, como as folhas. 

E então... até breve.


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

RENASCER

Bem-vindos à Horta da Farmácia.
Não, não aconteceu nada de mal, obrigado. A ausência foi apenas a falta de presença, como diria Monsieur de Lapalice. Ou a falta de assunto, pela hibernação da horta.
Depois de algum tempo de frio e de inverno, eis-nos a festejar a magia da vida que renasce todos os anos com o nascer do sol que começa a despontar mais quente (como hoje, por exemplo). É tempo de sementeiras, é tempo de transplantes, é tempo de preparar as terras para receber as jovens plantas que amanhã,  quero dizer daqui a umas semanas ou meses, serão umas belas saladas mistas, um caldo verde ou uma boa feijoada, ou... ou... ou...
As sementeiras estão feitas, muitas variedades para este ano, as coisas tradicionais e algumas exóticas, que espero sejam poupadas pelos caracóis, lesmas e pardais que constituem a fauna indesejada desta herdade.
Deixo-vos com alguns ameaços fotográficos dos rebentos que começam a ver a luz do dia. E mais se seguirão, à medida que se forem mostrando com fotogenia que o justifique.
Não vou dizer o que são estes exemplares, mas são fáceis, vá lá, falar sozinho, não tem piada nenhuma. Palpitem.



Quem pretender algumas coisas hortícolas, não se acanhe, neste espaço ou ao vivo e a cores, diga o que precisa ou gostaria de ter, e se houver por aqui, já sabem, estão servidos.

sábado, 23 de dezembro de 2017

O PASSARINHO DOS TOMATES

Ainda não sei o título que vou dar a este post, mas não andará longe do que tenho em mente, quando acabar de escrever logo se vê. Ora então...