A acreditar em todas as coisas
que se escrevem na NET, algumas mencionando mesmo “estudos científicos” que ninguém
sabe, feitos por pessoas que ninguém conhece, saberíamos que o alho tem
caraterísticas excecionais para tudo e mais alguma coisa. Ela é quase o
abecedário completo das vitaminas, ele é antibiótico, ele faz bem ao sangue, à
arteriosclerose, à digestão, aos calos, ele é tanta coisa boa, que se as pessoas
desatassem a comer alho com fartura, ninguém parava ao pé de ninguém com o hálito
dos outros, e seria mesmo muito mau para as farmácias.
Mas que o alho é bom, para a
saúde e para a gastronomia, lá isso é. E vai daí, este ano eu desatei a semear
alhos, coisa que nunca tinha feito. E é uma alegria – tiro a casca de uns
dentes (de alho, claro) e coloco-os num qualquer recipiente com água, e em dois dias os alhos têm raízes com quase
1 cm de comprimento. Dá gosto. E depois é um tratamento genérico – enterram-se
na horta, e vão-se regando enquanto se espera que as cabeças nasçam e cresçam,
ao mesmo ritmo que as raízes nascem e crescem.
Os dois exemplares que aqui
apresento, fazem parte da sementeira da Horta da Farmácia deste ano. Têm dois
dias de água e iam a caminho da terra. O maior, é um dente inteiro, todos
conhecem. O mais magrinho é o caulezinho interior, que agora está em moda os
chefs tirarem e deitarem fora (as coisas que eles inventam), e trata-se de uma
experiência, “a ver se pega”. Assim não se perde nada.
Só não percebo por que razão, sendo
o alho uma coisa tão boa, quando alguém se mete num sarilho, se diz que está
metido numa “alhada”. Estranho, não é?