sexta-feira, 15 de setembro de 2017

ERVA PRÍNCIPE (1)

Se não conhecem a ERVA PRÍNCIPE (cymbopogon citratus), busquem na NET e encontrarão muita informação, que eu entendo não copiar, já há cópias que bastem, e também porque não sei até que ponto é credível o que ali se encontra escrito. Mas vale a sempre a pena dar uma voltinha.
Mais fácil é visitar a Horta da Farmácia, onde poderão observar ao vivo e a verde, tocar com cuidado e principalmente apreciar o aroma cítrico dos belos exemplares desta planta quase mágica, que para mim tem alguma história.
Encontrei-a pela primeira vez na Makro, em Braga. Importada da Tailândia, era (e ainda é) bastante cara, mas comprei uma embalagem com meia dúzia de talos para experimentar. Utilizei e gostei. Tanto, que usei alguns dos talos para enraizar e cultivar. Havia de ser fácil. Pois sim! Durante uns três anos, cada vez que havia na Makro, e só aparecia de vez em quando, eu comprava e tentava – nada! Invariavelmente apodrecia ou secava, era fatal. Criar raízes é que nem pensar.
Mas um dia… o tal dia que muda tudo nas estórias, consegui – não um nem dois, mas três “pézes”, três! Do enraizador eletrónico para um vasinho, do vasinho para o vaso, daí para o canteiro, e oh! Um ano depois, tinha mais pés nascidos e crescidos do que uma centopeia adulta.
Agora, é tudo muito fácil, conseguindo reproduzi-la com sucesso, direi que em 100% dos casos. A gente aprende, ou pelo menos entende que o fracasso, ou era devido a alguma coisa anti-enraizante que lhe seria adicionada, ou então já cá chegavam sem vitalidade recuperável.
Para quem não conhece nem adoece, hoje o seu aspeto na Horta da Farmácia, é assim:


De uma forma despretensiosa, direi que é uma erva-limão (lemon grass, em inglês) que cresce em tufos formados por novos talos que vão surgindo de cada um dos talos existentes. Tem um odor elegantemente cítrico que – dizem – afasta os mosquitos, e é bem capaz de ser verdade.
Eu uso-a essencialmente para duas coisas :


As folhas, pacientemente cortadas em milhares de pequenos quadrados que se enrolam quando secam, fazem um “chá”, mais corretamente uma infusão, deliciosa, refrescante com propriedades medicinais, ou então uma tisana, quando misturada com outras ervas medicinais e/ou aromáticas



A parte inferior, os talos junto à raiz, são um excelente e delicado aromatizante, quer para marinadas e temperos, quer para cozer juntamente com alimentos. Dada a subtileza da sua essência, não toma conta do paladar, pelo contrário, realça o dos alimentos a que se adiciona. 
Mas não é comestível, coloca-se no início e retira-se no final. Há coisas assim.

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