quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Colheitas
Quase a terminar o ciclo cultural de verão, iniciou-se, este ano mais cedo, a azáfama das colheitas (uf! uf!).
Uma pequena amostra, uns feijões que não conhecia e que comprei em Mogadouro no ComTradição (uma loja de produtos agrícolas de excelente qualidade e de variedades que só ali se encontram. Frutas, legumes, hortaliças e saladas como merujas e cunqueiros, coisa estranha que os transmontanos conhecem e tanto apreciamos, enchidos e fumeiro locais e castelhanos, e um pão digno do anúncio da Carlsberg, que diz ser provavelmente a melhor do mundo)
Dos que comprei, de aspeto gráfico interessante e com excelentes resultados culinários, experimentei separar alguns para semear, e com surpresa produziram alarvemente. Em média, quase 200 por pé. São rasteiros e não deram trabalho, foi só apanhar.
Uma pequena amostra, uns feijões que não conhecia e que comprei em Mogadouro no ComTradição (uma loja de produtos agrícolas de excelente qualidade e de variedades que só ali se encontram. Frutas, legumes, hortaliças e saladas como merujas e cunqueiros, coisa estranha que os transmontanos conhecem e tanto apreciamos, enchidos e fumeiro locais e castelhanos, e um pão digno do anúncio da Carlsberg, que diz ser provavelmente a melhor do mundo)
Dos que comprei, de aspeto gráfico interessante e com excelentes resultados culinários, experimentei separar alguns para semear, e com surpresa produziram alarvemente. Em média, quase 200 por pé. São rasteiros e não deram trabalho, foi só apanhar.
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Luova-a-Deus
Pelos vistos a flor de cúrcuma era difícil. Confesso que até eu fiquei surpreendido quando começou a nascer. Vai daí pediram-me uma coisa mais fácil, e então cá vai:
Hoje de manhã, estava uma Louva-a-Deus pousada numas plantas da Horta da Farmácia
(as fotografias, quando carregadas para o Blog, perdem muita qualidade)
E agora eu pergunto - estas folhas onde pousou, que se vêem em primeiro plano, são de quê? (1) Salsa; (2)Coentro; (3) Cenoura; (4) Aipo; (5) Chouriço assado?
As três primeiras respostas certas, no Blog ou no Facebook, ganham qualquer coisinha, a negociar.
Hoje de manhã, estava uma Louva-a-Deus pousada numas plantas da Horta da Farmácia
(as fotografias, quando carregadas para o Blog, perdem muita qualidade)
E agora eu pergunto - estas folhas onde pousou, que se vêem em primeiro plano, são de quê? (1) Salsa; (2)Coentro; (3) Cenoura; (4) Aipo; (5) Chouriço assado?
As três primeiras respostas certas, no Blog ou no Facebook, ganham qualquer coisinha, a negociar.
domingo, 17 de setembro de 2017
Flor de Estufa
Alguém sabe de que planta é esta flor da estufa da Horta da Farmácia? Não, não dou um doce a quem souber, mas posso dar um pouco daquilo que se aproveita em culinária. Oferta válida para a primeira pessoa a pronunciar-se, claro, e quando for a colheita, falarei um pouco sobre ela, a planta.
sábado, 16 de setembro de 2017
ERVA PRÍNCIPE (3)
Quando este Blog foi criado, o seu conteúdo pretendia ser um
pouco mais do que um blá-blá-blá e mais umas coisitas interessantes ou nem por
isso.
É hora de materializar e partilhar a primeira das intenções,
continuando a falar de Erva Príncipe, promovida nestes dias a raínha do tema
No processo de cultura e recolha, após cortar alguns dos
tufos, tiram-se as folhas velhas, escolhem-se as partes imaculadamente verdes, lavam-se,
cortam-se e :
Os talos, com 25 cm, mais coisa menos coisa, separam-se os
que têm vestígios de raiz dos “carecas”. Os primeiros vão para o enraizador
digital e algum tempo depois de crescerem as raízes, para pequenos vasos até
serem plantados em local definitivo; os segundos acondicionam-se e guardam-se
para tempero.
A parte enrolada das folhas, formando um falso caule,
corta-se (10 a 15cm), acondiciona-se e guarda-se para tempero e mezinhas (sim,
a Erva Príncipe também é medicinal)
As folhas lisas, cortam-se finamente com ceca de 1-1,5cm e
secam-se para “chá”, infusão ou tisana.
Ora eu já tenho esse trabalho feito de grande parte da “produção”,
e quero partilhar com os visitantes deste blog que o pretenderem.
A Horta da Farmácia tem desde já para distribuir
gratuitamente – que este blog não é um espaço comercial – Erva Príncipe
enraizada e plantada em pequenos vasos, ou apenas enraizada para quem
pretender. Não se diferenciam umas das outros, são todas iguais.
Em princípio, uma unidade por pessoa, mas se quiserem mais,
é só falar, logo se vê. Como é costume dizer-se, oferta limitada ao stock
existente.
Para isso, basta dirigirem-se à Farmácia da Horta da
Farmácia, também conhecida por Farmácia Tebosa e falar. Fácil, não é? Se quiserem
mais explicações, à cautela é melhor telefonar antes
Depois há mais coisas que também podem ser consideradas,
como uns pezinhos para temperos, “chá”, e muito mais que a conversa possa suscitar.
Ah! E quem não puder ir já à tal Farmácia? Paciência, espera
mais um pouco, mas telefona – 253 287 450 – e reserva. Ou então,
escreve um comentário aqui em baixo ou no Facebook
E é preciso comprar alguma coisa? Claro que não. Podem
aproveitar uma coisa para fazer a outra, mas não é imperativo.
Vá lá, não se envergonhem
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
ERVA PRÍNCIPE (2)
Acrescento ao texto anterior ...
...Magister dixit - segundo Duarte Valente, grande profissional da RTP em Bruxelas atualmente, e hábil cozinhador, quando cortados muito fininhos, os talos (a parte carnuda apenas, as folhas não), além de aromatizantes, também podem ser comestíveis.
Há quase uma hora que estou a confirmar com os da fotografia - já foram quase todos.
...Magister dixit - segundo Duarte Valente, grande profissional da RTP em Bruxelas atualmente, e hábil cozinhador, quando cortados muito fininhos, os talos (a parte carnuda apenas, as folhas não), além de aromatizantes, também podem ser comestíveis.
Há quase uma hora que estou a confirmar com os da fotografia - já foram quase todos.
ERVA PRÍNCIPE (1)
Se não conhecem a ERVA PRÍNCIPE (cymbopogon
citratus), busquem na NET e encontrarão muita informação, que
eu entendo não copiar, já há cópias que bastem, e também porque não sei até que
ponto é credível o que ali se encontra escrito. Mas vale a sempre a pena dar uma voltinha.
Mais fácil é visitar a Horta da
Farmácia, onde poderão observar ao vivo e a verde, tocar com cuidado e
principalmente apreciar o aroma cítrico dos belos exemplares desta planta quase
mágica, que para mim tem alguma história.
Encontrei-a pela primeira vez na
Makro, em Braga. Importada da Tailândia, era (e ainda é) bastante cara, mas
comprei uma embalagem com meia dúzia de talos para experimentar. Utilizei e
gostei. Tanto, que usei alguns dos talos para enraizar e cultivar. Havia de ser
fácil. Pois sim! Durante uns três anos, cada vez que havia na Makro, e só
aparecia de vez em quando, eu comprava e tentava – nada! Invariavelmente apodrecia
ou secava, era fatal. Criar raízes é que nem pensar.
Mas um dia… o tal dia que muda
tudo nas estórias, consegui – não um nem dois, mas três “pézes”, três! Do
enraizador eletrónico para um vasinho, do vasinho para o vaso, daí para o
canteiro, e oh! Um ano depois, tinha mais pés nascidos e crescidos do que uma centopeia adulta.
Agora, é tudo muito fácil,
conseguindo reproduzi-la com sucesso, direi que em 100% dos casos. A gente
aprende, ou pelo menos entende que o fracasso, ou era devido a alguma coisa
anti-enraizante que lhe seria adicionada, ou então já cá chegavam sem vitalidade
recuperável.
Para quem não conhece nem adoece,
hoje o seu aspeto na Horta da Farmácia, é assim:
De uma forma despretensiosa,
direi que é uma erva-limão (lemon grass,
em inglês) que cresce em tufos formados por novos talos que vão surgindo de cada
um dos talos existentes. Tem um odor elegantemente cítrico que – dizem – afasta
os mosquitos, e é bem capaz de ser verdade.
Eu uso-a essencialmente para duas
coisas :
As folhas, pacientemente cortadas em milhares de pequenos quadrados que se enrolam quando secam, fazem um “chá”,
mais corretamente uma infusão, deliciosa, refrescante com propriedades
medicinais, ou então uma tisana, quando misturada com outras ervas medicinais
e/ou aromáticas
A parte inferior, os talos junto
à raiz, são um excelente e delicado aromatizante, quer para marinadas e
temperos, quer para cozer juntamente com alimentos. Dada a subtileza da sua
essência, não toma conta do paladar, pelo contrário, realça o dos alimentos a
que se adiciona.
Mas não é comestível, coloca-se no início e retira-se no final. Há coisas assim.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
terça-feira, 5 de setembro de 2017
Doce, Batata
Há pouco mais de dois meses, apesar dos meus conhecimentos
hortícolas, não sabia praticamente nada de Batata Doce nem sabia sequer como
era a planta e a sua cultura.
Como não era costume utilizá-la em
culinária, também não fazia parte da minha cultura gastronómica.
Vai daí, um dia, resolvi comprar cinco pés e plantá-los na
Horta da Farmácia. Cedo me apercebi que estavam muito juntos, porque aquilo era
coisa para crescer. Resolvi separá-los, mas nem imaginava a quanto chegariam, já que se viam todos os dia crescendo rasteiras para mais longe da raiz.
Ontem, reparei que por entre a folhagem e junto à raiz, a
terra estava “gorda” e estalada, e achei estranho.
Comecei a esgaravatar, e eis
que uma coisa vermelha começa a aparecer, e eram mesmo aquilo que eu ainda não
esperava – as batatas enormes. Foi uma agradável surpresa, da qual deixo aqui
três exemplares. A maior, pesa praticamente um kilo… Comparada com os
tomatinhos-ervilha…
domingo, 3 de setembro de 2017
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
Abacateiro caprichoso
A Carmo gosta de abacates. Eu também.
Um dia ou uma noite, depois de ter comido um abacate,
espetou três palitos no caroço e colocou-o semi-mergulhado, num copo com água.
Pouco depois, o caroço inchou, ficou sem pele, abriu, começou a enraizar e dali
nasceu um belo abacateiro, que colocou num vasinho. Quando ele, abacateiro,
atingiu uns 42 cm, perguntou-me se eu o queria, claro que sim, aceitei e
plantei-o junto ao poço, no setor sul da Horta da Farmácia, na zona do pomar.
E ali ficou a crescer desalmadamente.
Quando chegava a altura de florir, desfazia-se em flores
pequeninas, que à primeira brisa se despegavam e deixavam o chão como se
tivesse nevado. Abacates, nem vê-los. Nem um – nem umzinho sequer para amostra.
Passaram três anos, e tendo atingido já a altura da janela do primeiro andar, e
eu cansado da cena primaveril, comecei a ameaçá-lo
- olha o serrote!
Mas um dia… nestas estórias há sempre um dia… um dia de
primavera, com milhentas flores brancas e pequeninas, foi atingido por uma
ventania. Nem sequer era um vendaval, foi só uma ventania, mas aquela árvore já
com notável porte e alguma imponência, amuou e ameaçou cair. Inclinou,
inclinou, mas não caiu completamente, e ali ficou toda inclinada a ver se metia
dó ou se o serrote cabava de vez com o sofrimento.
- ai é? Então vais ficar aí, para aprenderes, disse-lhe eu.
As flores cairam, como de costume, mas desta vez não cairam
todas. Comecei a ver que as que ficaram, começaram a transformar-se em
bolinhas, cresceram e hoje são uma data delas quase adultas, abacates
apetitosos do formato e tamanho de peras. Entretanto, coloquei-lhe uma escora,
não fosse cair tudo ou dar cabo da tangerineira a que está encostado, e confesso
que chego a comover-me arrependido de o ter ameaçado, mas ele estava a
pedi-las.
É claro que o primeiro abacate será para a Carmo, que será
informada e convidada para o ritual da apanha.
Mas a estória não acaba aqui.
Uma árvore naquele estado e naquela posição incómoda tinha os
dias contados, e ela, o abacateiro, seguramente entendeu o meu arrependimento e
o minha indecisão, ou se calhar decisão, a tal coisa do serrote, e quis
redimir-se da birra de se ter deitado. E vai daí, reparem na segunda fotografia
– do tronco do inclinado, mesmo junto à raiz, eis que nasce, aparece, cresce ou
brota, o que se pode chamar um fogoso abacateiro. Curiosamente, e não sei
porquê, com ar jovem, mas com raizes já bem adultas.
A natureza tem destas coisas, ou então, a inexplicável
relação entre o reino animal e o vegetal
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